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quarta-feira, 25 de abril de 2007

Eliz e Flavia declamam poesias de Tamara.


Em nosso Primeiro encontro, no dia 15/04/2007, Flavia e Eliz recitaram as poesias de Tamara Fresia Mantovani de Oliveira
Segue abaixo as poesias declamadas
.

Estrangeira

O que em mim
me escapa?
que parte é essa que se aparta de mim
sem nunca sem ter sido minha?


Sou uma estrangeira
ou sou eu mesma
que insisto em partir?

Às vezes sou mais familiar
quando estou longe
e lá de longe
o que é meu volta pra mim

também sou arte
também escapo do barro de onde eu vim
também sou parte
também retorno como alimento
pra terra desse Jardim

Silabada

Já fui Lurdes, Tanambira
Nhanbiquara
Fui de túneis, de escadas
Fui de valas

Hoje sou de coisas incompletas
de começos
de idéias
de pedaços
de palavras
.
Azulclarece

Me sinto tarde
Fim de tarde
De uma cor indefinível
Um laranja-maçã
Quase figo

Um sol virando céu
Um céu vazio

A ausência dentro de mim
Azulclarece
No outro dia
.
Metamorfose

Virar lagarta
Sendo
Voar
Pra dentro

Que eu nada saiba
Que eu nada tenha
Que tudo venha
.
No meio da paz

No meio da paz
Vou abrir um buraco
No meio da paz que eu vou ter

No umbigo da paz
Algo mais
(Que não é paz)
Vai nascer
Ali dentro
Vou plantar o que não é meu
Pra eu colher
.
Ralo

Sorver cada gota
feito ralo

lamber o talo


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